O Governo acaba de anunciar que as pensões terão, a partir de julho, um aumento Intercalar de 3,57%, embora não tenha ficado claro se, por esse aumento, serão abrangidos os que se reformaram em 2022, lacuna que importa esclarecer.
O MURPI valoriza este aumento e considera que esta decisão é também o resultado da luta que tem vindo a travar contra o aumento do custo de vida, que teve a sua expressão máxima na petição “Pela reposição do Poder de Compra”, que recolheu mais de 10 mil assinaturas e cujo conteúdo foi discutido, no dia 12, no Plenário da Assembleia da República.
A amplitude do movimento que o MURPI tem dinamizado, designadamente as concentrações em frente à Assembleia da República, obrigaram o Governo a reconhecer que o agravamento do custo de vida é real e afeta milhares de reformados e pensionistas, em especial aqueles que têm pensões muito abaixo do salário mínimo nacional e até do limiar da pobreza.
Contudo, o MURPI considera que este anunciado aumento fica muito aquém do necessário para repor o poder de compra perdido. Porquê só a partir de julho e não desde o início do ano como propusemos, uma vez que o agravamento do custo de vida já ocorre há muitos meses?
O MURPI entende que o valor mínimo de 60 euros para todas as pensões seria o mais adequado para dar resposta às carências com que se debatem os reformados, e por ele vamos continuar a bater-nos, exigindo o cumprimento da Lei, que o Governo optou por suspender. Tal como continuaremos a bater-nos pela criação de um cabaz de compras de alimentos e outros bens essenciais a preços baixos e estáveis.
A Petição valeu a pena!
As concentrações à porta da Assembleia da República valeram a pena!