QUEREMOS UMA ALIMENTAÇÃO DIGNA, TER MÉDICO DE FAMÍLIA, COMPRAR OS MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS, DESLOCARMO-NOS, TER UMA CASA COM CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE
Ainda os “aumentos fabulosos” para 2024 não chegaram aos reformados, já vozes “do além” gritam que a Segurança Social não aguenta e temos de cortar nas pensões. Será que quem pensa assim, vive com uma reforma de 400 euros?
O MURPI repudia este pensamento tanto como a ação se ela chegar e salienta a sua posição: A atualização das pensões e dos apoios sociais são um imperativo legal, social e civilizacional.
Ao contrário do que temos vindo a ouvir e a ver em vários órgãos de informação, os reformados, pensionistas e Idosos não estão contentes com os aumentos insuficientes que nos mantém com dificuldades face ao aumento do custo de vida.
É falso quando nos dizem que desta vez, os aumentos são superiores à inflação! Tudo o que temos recebido são direitos de quem muito trabalhou e descontou.
A voz de milhares de reformados, pensionistas e idosos fez-se ouvir, bem alto, no dia 6 de Julho, sob a forma de tribunas públicas, caminhadas ou simples distribuições de documentos, numa ação descentralizada promovida pelo MURPI. Trouxeram para o espaço público os seus problemas mais urgentes e exigiram dos órgãos de poder soluções, justas e urgentes, expressas numa Resolução aprovada, por unanimidade, em cada uma das 26 iniciativas realizadas em todo o País, para garantir a implementação de soluções políticas que assegurem um envelhecimento com dignidade e direitos, com melhores pensões, melhor saúde e fruição saudável dos tempos livres.
Na Resolução – dirigida ao primeiro–ministro, aos ministros do Governo, ao Presidente da Assembleia da República e aos deputados dos grupos parlamentares – os reformados, pensionistas e idosos exigiram que sejam dadas «respostas urgentes» a cinco problemas com que este grupo social está confrontado, para os quais são apresentadas medidas que permitem envelhecer com qualidade de vida, segurança e alegria: cabaz de bens essenciais a preços fixos e controlados; reposição do poder de compra; solucionar a escolha de medicamentos ou alimentos na mesa; melhor Serviço Nacional de Saúde (SNS) para todos; uma rede pública de equipamentos sociais.
Numa carta à ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o MURPI alerta para «várias reclamações» relativas à atualização das pensões no corrente mês de Julho.
O Governo anunciou com pompa e circunstância o aumento intercalar de todas as pensões em 3,57 no próximo mês de julho.
Um aumento que não será pago de forma retroativa a janeiro ficando aquém da reposição do poder de compra das pensões que muito justamente é devida aos reformados para mitigar as consequências do aumento dos preços dos bens e serviços essenciais.
Acresce, que o Governo decide não aplicar atualização de 3,57% ao subsídio de férias, evocando que este aumento só será pago em conjunto com o subsídio de Natal, pelo que no mês de julho os pensionistas apenas terão a pensão aumentada de 3,57% e receberão aquele subsídio pelo valor anterior.
O Governo acaba de anunciar que as pensões terão, a partir de julho, um aumento Intercalar de 3,57%, embora não tenha ficado claro se, por esse aumento, serão abrangidos os que se reformaram em 2022, lacuna que importa esclarecer.